sábado, 10 de julho de 2010

SEGUNDA SEM CARNE

Sou a única vegetariana da minha familia, mas convenci todos a praticarem o SEGUNDA SEM CARNE. Acredito que o ativismo começa em casa...

Minha familia nunca ligou muito para bichos e eu fui a primeira integrante a ter gatos. Isso os assustou de início, diziam que eu estava arrumando problema, que eles dariam trabalho, que eu  deixaria de viajar, mas com o tempo foram notando minha dedicação e hoje não só entendem meu amor pelos animais como também estão apaixonados pelos três - Obi, Oona e Nina.

Quando ficamos fora, meu marido e eu, por quase um mês, minha avó fez questão de descer todos os dias para alimentá-los e dar carinho, mesmo eu tendo contratado uma pessoa para isso. Ela vinha e passava horas com eles no sofá..

Minha mãe é apaixonada pelo Obi, e tem vontade de ter um bichano pra ela cuidar também. Além disso começou a colaborar com instituições de proteção aos animais.

O tempo amadurece as ideias e hoje minha familia aceita bem e entende o fato de eu não comer carne. Mas nem sempre foi assim.

Foram meses de desprezo, falta de confiança e longas horas de almoço ouvindo que isso passaria, que é uma fase e que eu ia ficar desnutrida (quem de nós veggies não passou por isso?), mas com o passar do tempo, minha escolha acabou sendo aceita, pois viram meu empenho em prol dos animais e entenderam meus motivos.

Hoje, praticam a SEGUNDA SEM CARNE. Não acho que se tornarão vegetarianos como eu, a não ser meu marido, que ao meu lado nesta luta, tem seus próprios motivos para ir se tornando aos poucos menos onívoro, mas, com certeza, escolheram esta campanha pelos longos papos que tivemos, pelo ativismo familiar, por entenderem o sofrimento dos animais e por acreditarem que minha luta é também a luta deles.

Não sou daquelas pessoas "eco-loucas" ou "eco-chatas" que pregam o vegetarianismo acima de tudo, pois respeito a opinião de meus amigos e dos que me cercam, mas dou minhas opiniões em rodas de discussões abertas, e mostro, quando me perguntam, meu ponto de vista que também quero que respeitem. 

Na faculdade já tive professores que me pediram pra mudar meu tema de monografia que será sobre Direito dos Animais, sustentando que eu sou inteligente demais pra escrever sobre isso..achou absurdo?! Eu também, mas nossa luta é assim, jamais acaba, pois o amor pelos animais é interminável.

O ativismo começa em casa e se extende pelo meio que nos cerca!!

Sacudidas e Lambidas do O Animal Legal!