Ontem assisti um filme que mexeu muito comigo. Um filme daqueles que muda nosso dia, nos faz ignorar tudo a nossa volta, nos faz perder o tempo, o espaço e nos deixa debulhando em lágrimas da metade até depois do fim. Sim, depois do fim, pois é nesse momento que surgem as considerações, críticas e lembranças íntimas que o filme provocou em mim.
É a arte mexendo comigo, mais uma vez, mas que devastadora vez!
Trata-se de Hachi: A Dog's Story, com Richard Gere, sim, ele mesmo, maravilhoso, mas mero coadjuvante. Quem liga pra Richard num filme onde um cão Akita rouba a nossa atenção, retém as nossas lágrimas até a agonia explodir em anúsita e sair pelos meus olhos em forma líquida e salgada?
Fidelidade é o que se vê na tela. Mais que isso, lealdade a um dono, retribuição e o mais puro amor.
Pra quem ainda não viu, Hachiko costumava esperar sempre pelo seu dono, um professor na Universidade de Tóquio, na estação de Shibuya. Mesmo depois do professor falecer, o cão continuou todos os dias à espera na estação, durante cerca de dez anos, até que morreu em 1935.
Nada mais a dizer, quem viu sabe do que estou falando.
